quarta-feira, 9 de março de 2011

Não tenhas Medo (...)

"Não tenhas medo da minha violência
Escuta! São os gritos do meu sofrimento,
o canto do meu desespero,
os meus gritos de amor.
São esta mágoa
e esta ferida
escondidos no intimo do meu corpo
que ainda sangra.
Não! Não te zangues, não fujas,
não grites!
Toma-me nos teus braços,
embala-me junto de ti
e verás
como então saberei
enrolar-me no país do teu corpo.
Aperta-me muito,
murmura-me que ainda me amas.
Preciso tanto
que agarres a minha mão,
que acalmes o meu desespero.
Tantas vezes serrei os dentes,
matei as minhas ilusões,
Sofri ... mais que de razão.
Por isso peço-te:
Ouve os meus gritos e
poderás assim
conceder-me o direito à vida!
O direito que me foi recusado
desde o meu primeiro grito de bebé!"

Arlette Jaskowiak

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